Ave Maria

É hora da tristeza…
É hora do desânimo…
… Desalento…
É hora de tédio…
de melancolia…
de nostalgia…
Seis horas da tarde…
Ave Maria…
É hora de morrer!
Devagarzinho.
Assim como morre o sol…
… Olhos abertos
e perecer…
Só que eu não morro!
Eu sou forte!
Carrego um dínamo comigo.
E entro a noite
— Só!

Ai, que são seis horas da tarde.
O som da ave-maria me esmaga,
me aniquila,
me arrasa,
e meus problemas crescem gigantes;
e meu radar me mostra lodo,
e eu não encontro ninguém!
— M I R A G E M —
Ai, por favor, um padre,
ai, por favor, um padre,
que é hora de confissão;
ai, por favor, um padre,
— um amigo… Um irmão!

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